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8 de set. de 2015

Frases que acabam com a auto estima das crianças:


1-     Se você fizer isso errado vou contar para seu pai (ou mãe)!
Quem fala esta frase perde a autoridade e faz com que a criança sinta medo (não respeito) do outro genitor.
Mostre a forma correta de fazer sem ameaça.
2-    Você é muito mentiroso(a) !
Criança pequena fantasia.  Ao ouvir que aquilo é mentira, parte de seus sonhos se quebra. Uma boa saída é estabelecer que tem hora para vida real e para o faz de conta.
3-    Você só sabe mentir mesmo!
Se a criança tem consciência de que o que fala não é verdade a situação merece outra análise. É melhor conversar, entender porque a mentira apareceu, explicar que os erros não diminuem o amor dos pais pelos filhos.
4-    Que notas ruins, como você é burro(a)!
Se a criança se esforçou, mas teve resultado ruim, ouvir isso faz com que ela não queira mais aprender. É melhor observar e decidir como ajudar.
5-    Você será sempre o bebê da mamãe!
Os filhos precisam ter segurança para amadurecer. Esta frase passa a sensação que ela só valia quando pequena. Demonstre afeição valorizando o presente.
6-    Deixe que eu faça o que você está fazendo errado!
Dá a criança a sensação que é incapaz, prejudicando seu amadurecimento. Se forem solicitados os pais podem ajudar.
7-    Por que você não é igual ao seu irmão ( ou outro)?
Eficiente maneira  de massacrar a individualidade da criança que se sentirá menosprezada. Diga algo que gostaria que ela fizesse, sem citar nomes.
8-    Você é terrível mesmo, não tem jeito!
A criança interioriza que chocará ao agir de maneira “errada” apenas atenderá as expectativas. Explique porque algumas atitudes são ruins e reforce bons comportamentos com elogios.
9-    Eu vou embora se você não parar esta birra!
Os pais não devem causar o medo de abandono. Dois comportamentos podem surgir: Extrema submissão da criança para se sentir aceita pelos pais ou rebeldia para se livrar da angustia de perder quem ama.
10-                      Nota baixa de novo!
Você é burro mesmo. Se a nota foi fruto da falta de desempenho, ouvir que é burra pode fazer a criança usar a “burrice” como desculpa para se esforçar pouco. Explique que ela pode fazer melhor.
11-                      Que feio você é por ter feito isso!
A criança passa a associar bom comportamento à estética e além de se sentir pouco amada pelos pais, pode desenvolver problemas relacionados à imagem que vê no espelho.
Fonte: Ig

18 de jan. de 2013

Nossas crianças estão sendo envenenadas

Idealizador do Fome Zero defende programa federal para o fim da obesidade

Frei Betto acaba de ser premiado pela Unesco pelos projetos desenvolvidos e diz que “no Brasil a fome é gorda”. Leia a entrevista

Fernanda Aranda , iG São Paulo |

O escritor Frei Betto já deixou as digitais na luta contra a ditadura brasileira, no primeiro programa do governo Lula de combate à miséria, o Fome Zero, e agora é uma das vozes mais atuantes na briga para vencer um problema de saúde que afeta do sertão nordestino aos centros urbanos do Sul e Sudeste: a obesidade.

A contribuição dele “à justiça social, aos direitos humanos e à construção de uma cultura de paz universal” – na definição da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco)– foi reconhecida este mês com o “Prêmio Internacional José Martí”.
Leia mais:  ‘É ingenuidade pensar que tudo acabou’, diz Frei Betto sobre espiões da ditadura
Em entrevista ao iG Saúde , o premiado líder de movimentos sociais e autor de 53 livros responde como o governo federal deveria atuar para combater o que ele chama de “fome gorda” brasileira.
Frei Betto ainda define que a atual política de internação forçada dos usuários de crack – em curso em São Paulo e no Rio de Janeiro – tem falhas e precisa ser menos “ao estilo Pinochet” (em referência ao ditador chileno Augusto Pinochet, morto em 2006). Leia a seguir a entrevista concedida por e-mail.
iG: O documentário Muito Além do Peso, do qual o senhor foi consultor, coloca em destaque a obesidade das crianças brasileiras. Atestar que um país sofre com o excesso de peso significa que a fome foi vencida?
Frei Betto: De modo algum. Quando eu trabalhava no Fome Zero (2003-2004), verifiquei que, no Brasil, a fome é gorda. Não encontrava, pelo interior, crianças esquálidas, magérrimas, como as fotos que vemos da África. E, sim, crianças barrigudas, cheias de vermes, com distúrbios glandulares, devido à falta de nutrientes essenciais. Assim, há crianças e adultos obesos e famintos, pois comem apenas um ou dois alimentos, como mandioca, o que caracteriza desnutrição.
Pesquisa: Excesso de peso é 8 vezes mais frequente do que desnutrição em crianças


Nossas crianças estão sendo envenenadas, e ainda há escolas que abrem suas portas a redes de lanchonetes, o que é o mesmo que abri-las ao assassino portando armas

iG: Na criação do Fome Zero, o combate à obesidade estava contemplado. Nos últimos dez anos, dados oficiais mostram um crescimento em progressão geométrica dos obesos no País. É preciso um plano, elaborado pelo governo, para lidar com este aumento?
Frei Betto: Os dados oficiais demonstram que, em nosso país, 30% das crianças apresentam sobrepeso, e 15% são obesas. O plano que o governo precisa estabelecer é proibir a propaganda de alimentos nocivos à saúde da população, principalmente das crianças, como refrigerantes, achocolatados, frituras, que contêm excesso de açúcar, gordura saturada e sódio. Países como o Chile, a França e o Reino Unido já restringem a propaganda de alimentos nocivos. No Brasil, o que a Vigilância Sanitária libera o Ministério da Saúde assume, gastando recursos altíssimos com doenças evitáveis.
iG: Muitos especialistas e instituições creditam à indústria alimentícia a explosão da obesidade nacional e mundial. Algumas imposições ao setor industrial sobre a elaboração dos alimentos já começaram a sair do papel. Na sua avaliação, este é o caminho?

"É preferível correr o risco de errar com os pobres do que ter certeza de acertar sem eles", diz Frei Betto

Frei Betto: O caminho necessário é controlar desde a fonte. Primeiro, proibindo a fabricação de alimentos com alto teor de sódio, açúcar e gorduras saturadas. Segundo, obrigando as escolas a fazerem educação nutricional. Na escola aprendemos muito, mas nem todo dia utilizamos o que aprendemos de matemática, de geografia, de química. No entanto, nos alimentamos várias vezes ao dia, sem noção da qualidade do que ingerimos e muito menos da reação do organismo ao alimento ingerido.
iG: A publicidade – infantil e adulta – tem participação e responsabilidade no aumento da obesidade?
Frei Betto: Muita participação e responsabilidade, porque cria hábitos de consumo desde os primeiros anos de vida. Está provado que, um alimento publicitado na televisão e na internet, tem aumento de consumo de até 134%. O massacre publicitário induz as pessoas a comerem pelos olhos, e não pela barriga.
iG: Na sua avaliação, o País precisa hoje de um programa ao estilo “Obesidade Zero?”
Frei Betto: Urgentemente, pois aumentam, sobretudo em crianças, casos de diabetes 2, cânceres, alto colesterol, distúrbios glandulares, em função da má alimentação. Nossas crianças estão sendo envenenadas, e ainda há escolas que abrem suas portas a redes de lanchonetes, o que é o mesmo que abri-las ao assassino portando armas. A diferença é que a alimentação inadequada mata a longo prazo e com mais sofrimento. Uma criança excessivamente obesa perde a autoestima, a identidade (é chamada de “gorda”), e fica deprimida.
iG: Falando agora sobre drogas ilícitas: em São Paulo está em elaboração, já com previsão de ser colocado em prática, um plano de internação compulsória dos usuários de crack. Qual a sua avaliação sobre a internação compulsória?
Frei Betto: Primeiro, é preciso implementar políticas de prevenção, reprimindo duramente o tráfico de drogas, em especial de crack. Segundo, a internação não deve ser compulsória, o consumo de drogas não pode ser criminalizado. Assim, há que fazer um trabalho junto aos usuários para convencê-los a se tratar, como faz a Igreja Batista na Cristolândiaem São Paulo. Na metodologia, mais Piaget (Jean Piaget, pensador do século XX, idealizador da psicologia da criança e que defende a abordagem multidisciplinar) e menos Pinochet (Augusto Pinochet, que governou o chile em poder ditatorial por 17 anos, considerado violento e autoritário).
Veja também : Uso de crack supera 10 anos na Cracolândia


A internação não deve ser compulsória, o consumo de drogas não pode ser criminalizado

iG: A maior parte dos tratamentos, clínicas e projetos de redução de danos para dependentes químicos está nas mãos de instituições religiosas. Esta atuação dos religiosos é positiva em quais pontos principais?
Frei Betto: É positiva se o usuário está aberto à proposta religiosa, o que não é o caso de todos. Portanto, as instituições religiosas não devem condicionar o tratamento à aceitação da fé. Salvar um ser humano, ainda que ateu, é exigência número um do principal preceito cristão – o amor.
Especial : Crack faz vida de meninos valer R$ 10
iG Saúde: O senhor acaba de ser premiado pela Unesco devido ao “conjunto da obra”. Na sua trajetória, do que tem mais orgulho? Qual projeto que ainda não conseguiu colocar em prática, mas sonha fazê-lo?
Frei Betto: Este prêmio da UNESCO é mérito de todos os movimentos sociais com os quais trabalho há mais de 50 anos e que lutam por justiça, paz e direitos humanos na América Latina. Se tenho direito a algum orgulho, é com a minha coerência de vida. Tenho como princípio que é preferível correr o risco de errar com os pobres do que ter certeza de acertar sem eles. Quanto aos sonhos, apenas dois: viver o suficiente para escrever todos os livros dos quais estou “grávido” e – como sei que não participarei da colheita – prosseguir semeando o futuro de justiça e paz.
http://saude.ig.com.br/minhasaude/2013-01-18/idealizador-do-fome-zero-defende-programa-federal-para-o-fim-da-obesidade.html

28 de dez. de 2011

Os 6 maiores perigos das férias - e como evitá-los

Queimaduras, afogamentos e quedas podem ser contornados com uma boa política de prevenção e socorro rápido

Crianças na água: supervisão e equipamento adequado são essenciais
Férias escolares são sinônimo de festa, bagunça e muita risada. Mas nem sempre tudo ocorre conforme o planejado pelos pais. Crianças são imprevisíveis na hora de usar a criatividade para brincar. Resultado? Acidentes. Samir Salim Daher, traumatologista e Secretário da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, diz que o tempo livre permite que as crianças estejam mais expostas a quedas, tombos e traumas. “O aumento do índice de acidentes ocorre pelo aumento do tempo da criança em casa, às vezes sem uma programação de atividades. Isso sem contar a falta de disponibilidade dos pais para programas de lazer”, conta.

O profissional ainda acrescenta: “Como criança não tem limite e muitas vezes não reconhece o perigo, o tempo livre vira um catalisador de possíveis arranhões, fraturas e até mesmo acidentes mais graves". A boa notícia é que 90% dos acidentes com crianças podem ser evitados pela simples adoção de uma cultura de prevenção.
Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, reforça a importância de adaptar a casa e os espaços em que a criança vive, adotando dispositivos de segurança nos ambientes da casa, como escadas, quinas de móveis e piscinas. “Não se pode pensar que o mal só acontece com os outros. Temos que entender que acidentes com nossos filhos são uma realidade, ainda mais nas férias”, enfatiza.

Mais de 5 mil crianças morrem por causa de lesões não-intencionais ou acidentes acontecidos em casa, e cerca de 140 mil são hospitalizadas anualmente, conforme pesquisa do Ministério da Saúde. Para proteger o seu filho, aprenda as principais medidas de prevenção contra cada um dos perigos das férias.


O afogamento é a principal causa de morte infantil. Somente no ano de 2007, em levantamento feito pelo Ministério da Saúde, 1382 menores morreram afogados. “A maioria dos casos acontece em locais de água doce, como rios, lagos, cachoeiras e piscinas”, explica Alessandra. É possível evitar este tipo de acidente com muita atenção nos clubes, praias e cachoeiras onde você está com seu filho.

Outro ponto importante é deixar baldes e banheiras vazias e sempre longe do alcance daqueles que estão aprendendo a andar. A curiosidade pode ser fatal.
1. Afogamento
Um estudo apresentado pelo ONG Criança Segura mostra que o tempo de deixar a criança na banheira para pegar uma toalha – cerca de 10 segundos – é suficiente para que ela fique submersa. Alessandra dá uma dica para evitar acidentes na piscina: colocar um sonorizador no local. Assim, todos saberão quando tiver alguém dentro da água. E não pense que apenas um minutinho ausente nada por acontecer. Esteja sempre por perto e atenta.

2. Queda da laje

Segundo pesquisas feitas por estudantes da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, 45 % desses acidentes acontecem em casa com crianças que brincam com pipa ou acompanham os adultos em eventos, como churrascos.

“A falta de espaço nas casas de famílias menos privilegiadas financeiramente torna a parte superior da residência a única área disponível para o lazer”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Cláudio Santili. A prevenção pode ser feita com proteção de portas de ferro em cada entrada das escadas, além de redes de proteções nas janelas e batentes.
Mas o que fazer se houver uma queda? O traumatologista Samir Salim Daher ressalta a importância de se manter a calma e levar imediatamente a criança para o pronto socorro mais próximo ou de confiança da família. “É importante que os pais conversem com a criança para ver se ela pode falar o que sente e o que feriu. Se houver uma fratura muito grande, é melhor chamar o serviço de resgate”, afirma.

3. Dente quebrado
Não se pode colocar as crianças dentro de uma redoma, muito menos proibi-las, em plenas férias, de brincar com bicicletas, skates e patins. Mas dá para minimizar as possibilidades de traumas dentários, comuns nestas brincadeiras. Itens de segurança como joelheira, cotoveleira e capacete não podem falar na hora da bagunça.
Se houver uma queda, o cirurgião-dentista Hugo Lewgoy tranquiliza os pais: “Não se impressione com sangramento na região da boca, pois é comum em casos de batidas”. É importante manter a calma e lavar a região com água. Deve-se estancar a hemorragia com gaze ou tecido limpo. Se não melhorar, procure um pronto-socorro imediatamente”, alerta o cirurgião-dentista.



4. Alergia a picadas
O ideal é começar repelindo os insetos: o uso de aromas de eucalipto e limão podem ajudar a afastar esses intrusos do ambiente e garantir a comodidade, principalmente de crianças menores de seis meses que ainda não podem usar repelentes.
Para evitar o transtorno, a dermatologista Cristiane Braga sugere caprichar na alimentação. “A ingestão de vitaminas do complexo B também são uma forma segura de afastar os insetos”, garante a dermatologista. Para isso, basta comer alimentos como arroz integral, aveia, amendoim e ovos semanas antes da exposição ao ambiente.

Se houver picadas, a dica é lavar o local com água misturada a algumas colheres de amido de milho. A receita permite a secagem das feridas e alivia a coceira.


5. Insolação
Protetor solar, chapéu, camiseta e água, muita água, não podem faltar nos itens que acompanham o passeio de verão. A ordem máxima é evitar exposição direta ao sol entre as 10 e as 16 horas. A insolação apresenta sintomas incômodos e perigosos, como vermelhidão, assaduras, bolhas, sonolência, falta de apetite e tontura. “Dependendo do grau da queimadura, a pele pode ficar com marcas e cicatrizes”, diz Cristiane. A criança que apresentar o diagnóstico deve procurar imediatamente um hospital para receber os devidos cuidados.

6. Crianças perdidas

Curiosas e cheias de energia para explorar novos ambientes, crianças podem acabar se perdendo facilmente dos pais, especialmente em uma praia lotada. O jeito é mesmo os pais se precaverem, instruindo os filhos a procurar um lugar seguro – como um restaurante, quiosque ou posto policial – caso perceba estar perdida.
De acordo com Rui Silva, criador do projeto Anjos do Verão (que somente no Carnaval 2010 reencontrou mais de 250 crianças perdidas nas praias de Guarujá e Praia Grande), um dos grandes erros dos responsáveis é não orientar os menores a como agir no caso de se perderem.

“É importante conversar bastante para que as crianças não entrem em pânico e procurem pessoas que possam ajudar”, conta. Identificar as crianças com peças de cores chamativas e pulseiras com nome e telefone também é uma forma de minimizar o perigo.

5 de out. de 2011

Filhos com Síndrome de Down trazem alegria, não arrependimento, aos pais

Em pesquisa, 8 a cada 10 pais disseram que ter filhos com a Síndrome melhorou suas vidas e 94% dos irmãos se declaram "orgulhosos"

Fonte: Ig

Foto: Getty Images
Síndrome de Down: cerca de 8 a cada 10 pais relataram que os filhos tornaram a vida melhor
Quando Louise Borke descobriu que seu filho tinha Síndrome de Down, ele tinha apenas alguns dias. A reação dela? “Choque e surpresa, inquietação e ansiedade”, recordou.
Hoje, 22 anos depois, Borke é capaz de avaliar a vida com seu filho, Louis Sciuto, e diz: “Tem sido divertido. Tem seus desafios, não vou negar, mas tem sido divertido. É recompensador e não tenho arrependimentos”.
Borke não está sozinha. Em uma série de pesquisas recém-concluídas, 96% dos pais disseram não se arrepender de ter tido um filho com Síndrome de Down. Para quase 8 a cada 10, a criança melhorou suas vidas, ensinando-os a ter paciência, aceitação e flexibilidade, entre outras coisas.
Os irmãos expressaram visões semelhantes, com 94% se sentindo “orgulhosos” e 88% declarando que o irmão especial os tornou uma “pessoa melhor”. E virtualmente todas as pessoas com Síndrome de Down participantes da pesquisa disseram estar felizes com sua vida e com quem são.
“As vozes que ouvimos expressaram muita satisfação e positividade sobre suas vidas, a despeito de terem grandes desafios”, disse o médico Brian Skotko, coordenador das pesquisas, publicadas na edição de outubro do “American Journal of Medical Genetics”.
Skotko, do Programa de Síndrome de Down no Children’s Hospital Boston, espera que os resultados ajudem famílias a tomar decisões sobre os bebês ainda não nascidos, especialmente agora, que os testes pré-natais se tornam mais abrangentes.
Atualmente, o exame pré-natal para Síndrome de Down envolve risco de aborto e é feito por apenas cerca de 2% das mulheres grávidas. Mas testes novos e virtualmente 100% seguros estão para chegar ao mercado, e Skotko quer garantir que os pais às voltas com esta “complexa, sensível e difícil decisão” tenham informação de qualidade para guiá-los.
Passo à frente
Nos Estados Unidos, é permitido às mulheres optar pelo aborto ao saberem que a criança tem algum problema de saúde. Ninguém sabe exatamente quantas mulheres decidem interromper a gestação ao descobrir que seus filhos terão Síndrome de Down. Mas alguns estudos selecionados sugerem que o número pode ser alto: de 80 a 90%.
“Quando todo mundo tiver a oportunidade de saber, antes do parto e com um simples exame de sangue, quais decisões serão tomadas sobre a gestação? Será que os bebês com a Síndrome irão desaparecer pouco a pouco?”, questionou Skotko. “As pessoas com Síndrome de Down devem falar sobre o que significa ter esta condição”.
Julie Cevallos, vice-presidente de marketing da NDSS, a National Down Syndrome Society (Sociedade Nacional da Síndrome de Down), disse que “esta pesquisa é um grande passo à frente. É particularmente notável que as informações venham direto das famílias, irmãos e das próprias pessoas com a Síndrome”. E acrescentou: “Quanto mais informação, e quanto mais acurada for esta informação, melhor. Há muita informação errada por aí, além de estereótipos”. Cevallos é mãe de Nina, de 2 anos, que tem a Síndrome.


Foto: Flávia Alves
Uma das crianças clicadas por fotógrafos do projeto Special Kids Photography
 
Skotko, membro do conselho da NDSS, tem uma irmã de 32 anos com a Síndrome. “Ela tem uma vida social ativa, mais do que eu jamais tive”.
Quanto a Louis Sciuto, sua mãe, Louise, diz que ele acaba de arrumar um emprego e também leva uma vida socialmente ativa, assistindo aos últimos lançamentos do cinema, praticando esportes e saindo com garotas e outros casais de amigos.

O que ela diria aos pais que descobriram que seus filhos podem ter Síndrome de Down? “Não tenham medo. É diferente, mas não pior. Meu filho tem amigos cujos pais me dizem que seus filhos se tornaram pessoas melhores por conhecerem Louis”.

23 de set. de 2011

Prestem atenção ao desenho que seu(sua) filho(a) faz

Desenhos infantis, coloridos, com flores, animais, casas, árvores e pessoas alegres = Está tudo bem com seu filho(a)
Desenhos com linhas fortes, cores escuras, desenhos irregulares, pessoas deitadas, mortas, cara feia, armas = Denotam problemas que o (a|) filho(a) esta enfrentando. Pode ser medo, fuga, bullying, revolta, aflição, descontentamento.
Junto com isolamento, atitudes agressivas muito cuidado!
Converse com ele(a), dê atenção ao seu comportamento. Ele(a) precisa de um aconselhamento, atenção, tratamento, ajuda, compreensão.
Você pode evitar um acidente, surto, doença, crise,  até mesmo uma morte.

15 de ago. de 2011

Antes de levar seu filho a um parque de diversões verifique a conservação dos brinquedos

Investigação
Até o momento, já foram ouvidos pela polícia dois produtores do evento, a dona do parque e o funcionário responsável pelo brinquedo. Um inquérito foi aberto e o caso está sendo tratado como homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e lesão corporal.

Foto: Pedro Kirilos/ Agência O Globo
Carrinho se desprendeu no momento em que girava em torno do próprio eixo, informou a polícia

1 de ago. de 2011

Protejam as crianças

No mundo de hoje com tantas informações; as emissoras de TV apresentando programas que desrespeitam a inocência infantil; os pais permitindo que as crianças assistam programas de adultos (as crianças não dormem mais tão cedo) e os filhos sendo deixados aos cuidados de outras pessoas para que os pais possam trabalhar (sem saber o que as crianças estão aprendendo com estes cuidadores) portanto, não há mais lugar para educação rígida,  as crianças precisam ser informadas sobre os riscos que estão correndo, de uma forma sutil, porém que as alertem, dando liberdade para que contem tudo o que acontece com elas de modo a evitar que sejam manipuladas, exploradas sexualmente ou maltratadas.
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados

16 de jun. de 2011

DIA DE VACINA

A imunização infantil como estratégia preventiva é reconhecida como um procedimento eficiente protegendo a curto prazo contra as doenças infecciosas e a longo prazo erradicando estas doenças.
A Lei 8069/90 do Estatuto da criança e do adolescente diz em seu bojo que é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.
A vacina Sabin contra a paralisia infantil foi um avanço que salvou muitas crianças.
Pena que meus pais sendo adeptos de uma filosofia de vida baseada nos principios macrobióticos não me vacinaram.
Sei também que há pais que se esquecem de levar seus filhos ao postinho de saúde.
Por isso eu peço a todos os papais que não deixem de vacinar seus filhos. É grátis.
Iride Eid Rossini
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19 de mai. de 2011

Como criar um cientista ?

Antigamente brinquedos despertavam nas crianças o gosto pela Ciência e eram o primeiro passo para a decisão pela profissão.
Hoje os games insentivam a violência.
O que podemos esperar do futuro?
Geralmente os pais escolhem as profissões que gostariam que os filhos devem seguir. Uns até escolhem àquela que dê mais retorno econômico. Isto é um grave erro.
Observe a criança! Ela dará indícios de sua verdadeira vocação.
Escolha brinquedos educativos que desenvolvam o raciocínio.
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados

25 de mar. de 2011




Mamãe a capa da "Mulher Maravilha" não esta funcionando!
( Evite acidentes - Alerte seus filhos)

Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados

Labele - Uma criança muito especial!

Todo mundo dizia que eu era excepcional.
Fazia tudo para que ninguém me achasse diferente.
Queria ser igual a todo mundo.
Então eu ficava observando os gestos, jeito de falar, quando rir, como comer, tudo, aí eu copiava se achasse que a pessoa era legal, mas todo mundo era legal, pelo menos mais legal do que eu.
Às vezes eu tinha a fala certinha na cabeça, mas não conseguia me expressar, mas também ninguém tinha paciência de me esperar terminar de falar.
Como será que as pessoas adivinhavam o que eu queria ou o que ia falar e faziam por mim?
Uma coisa eu sei bem, minha família tem vergonha de mim, quando vem visita eles me mandam ir brincar no quarto.
Mas eu não sou mais criança, já tenho trinta anos e queria namorar e ouvir música.
Acho que sou bonitinha, porque todo mundo diz isto. - Quê bonitinha!!!!
Sabe, não consigo me movimentar bem durante o dia, mas é engraçado que quando durmo sonho que estou caminhando bem rápido, parece que até estou voando.
De vez em quando eu grito muito, mais é que me sinto presa neste corpo, ele não me acompanha no que quero fazer.
Mas , de tudo isto o que mais me entristece, é ser tratada de modo diferente dos outros, é não me sentir amada, é ser esquecida num canto como se eu não tivesse vontade de passear e dançar e trabalhar e falar. É não ser ouvida.
Vou contar um segredo!
No fundo não me acho diferente, posso pensar e raciocinar e dançar e trabalhar e falar e namorar e tudo só que um pouco mais devagar que as outras pessoas.
Tiau meu querido diário, até amanhã, um beijo.
Labele
Iride Eid Rossini
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As crianças deficientes intelectuais fazem companhia aos seus pais até final de suas vidas.
Ame seus filhos e aprenda com eles.

Rap da descrença

Se meu pai não me reconhece
Nem minha mãe dá amor
Nem irmão fala comigo
Não acredito em mais ninguém

Se não tenho apoio da família
Não acredito em mais ninguém

Em casa é muita briga
É irmão contra irmão
Meu pai chega em casa bêbado
Minha mãe não vejo não
Vem pancada vem bronca
Juro que não choro mais não
Juro que não choro mais não

Se não tenho apoio da família
Não acredito em mais ninguém

Se meu melhor amigo me trai
Ou se ele me abandona
Que dirá os inimigos
A fé perco de vez

Se não tenho apoio dos amigos
A fé perco de vez

Saio de casa
Ganho a rua
No ser humano não acredito não
No ser humano não acredito não
Do ser humano não tenho dó não
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados

Nova conjugação dos verbos!


Houve um tempo que entre a juventude a conjugação do verbo era: - Eu vou ser; - Eu vou fazer; - Eu vou conseguir; - Vou pagar; Quero ser alguém na vida.
Eram passados aos jovens valores. Eles se esforçavam para conseguir o que queriam. Iam atrás de seus sonhos. Trabalhavam honestamente.
Hoje em dia o verbo é: - Eu preciso; - Eu quero; - É meu.
Então o jovem faz tudo para conseguir o que acha que precisa, o que ainda não tem e o que não é seu.
É a nova leva de inconsequentes que se deixam levar pelo consumismo; pelo ganhar sem trabalhar; pelo enganar.  Querem estar na moda com etiquetas expostas, mas por dentro estão limpos, isto é, vazios.
A tecnologia os afastou do calor humano. Na internet é a geração dos que não respondem aos e-mails, ou dos que só respondem se há algum interesse e dos que dizem: - Isto não é comigo; – Não é problema meu; - Não me interessa. E pior onde reinam os piratas.
E a nova gramática que surgiu na internet? É o assassinato do português.
Tantas mensagens de amor, de amizade, de solidariedade, correntes, sites e as pessoas continuam sozinhas, com falsas amizades, sem querer ajudar o próximo e sem fé.
Qual será o futuro do nosso país, um povo com analfabetos, famintos, ladrões, drogados, assassinos, filhos mal agradecidos, pais violentos, menores abandonados, moradores das ruas, traficantes, infelizes, falsos religiosos e politiqueiros?
Precisamos educar a criança para visualizarmos  um mundo melhor amanhã.
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados

Cadê o Chiquinho?

Naquela manhã ela abriu a janela e o sol invadiu a casa.  As plantas enfeitavam a linda paisagem e os passarinhos beijavam as flores.
Ela ficou ali parada contemplando aquela vista maravilhosa e nem percebeu que alguém batia insistentemente a porta.
- Dona Zéfa!!!!!!!!!    Dona Zéfa!!!!!!!!
- Já vai Tonho, o que o cê quer?
- É o Chiquinho, sô, ele foi até a padaria comprar pão e até agora não voltou.
- Quê isso Seu Tonho, calma, vai ver ele já tá voltando, quanto tempo faz isso?
- Faz 5 hora!  O pão era pro o café da manhã e não pro almoço.
- Vamos até a polícia Seu Tonho.
- Eu já fui, eles mandaram esperar 72 horas, mas até lá muita coisa pode acontecer sô!
- Vamos nóis atrás dele, disse Dona Zéfa e imediatamente fechou a porta do barraco, passou a corrente, fechou o cadeado e saiu apressada com ele.
- Com que roupa ele tava Seu Tonho?  Perguntou a Zéfa
- Tava com o shorts listado que ele ganhou na Igreja e de sandália de dedo.
Os dois perguntaram para todo mundo, ninguém viu o menino.
- O cê sabe os endereço dos amigos dele? Disse a Zéfa
- Moram tudo na favela, ele num tá na casa de ninguém, disse o Tonho.
- Bem nos resta agora esperar.    Vamos rezar. É, a gente vê tanto caso de criança sumida na televisão e não tomamos conta das nossas crianças, não é só na casa dos outros que acontece as coisas.
E continuou Dona Zéfa:
- As mães mandam as crianças sozinhas pra padaria, pra Escola, pro açougue  e elas não voltam mais.
- Num fala isso que eu já tô nervoso que só vendo.
- Calma cumpadre.
- Mas eu juro que quando o Chiquinho voltar eu não vou pegar ele de cinta!
- Têm que conversar com as crianças, não pode batê Seu Tonho!
- É, assim que ele voltar eu vou lhe dizer que vou comprar aquele presente de natal. Eu faço um sacrifício, deixo de beber e junto o dinheiro.
- Ele também precisa do seu amor Seu Tonho!!
- É amor e uma bicicleta Zéfa, ele não se conforma com a vida que levamos. Sabe Zéfa, acho que também vou deixar ter um cachorro.
Mas as horas iam passando e as esperanças também.
- Se ele voltar vou reservar umas horas do dia para brincar com ele, eu nunca arrumava tempo.
- Claro cumpadre.
E as lágrimas foram caindo devagar.
- E agora comadre, o que eu vou fazer sem meu filho?
- Tenha fé em Deus Seu Tonho, ele vai voltar, vamos rezar um pai-nosso.
- Nem isso eu ensinei para meu filho, ele nunca foi numa Igreja, a não ser para pegar roupas e alimento.
- Mas sempre há tempo!!!!!   Vamos ter calma.
Os dois caíram em prantos até que Zéfa teve uma ideia:
- Cumpadre, será que o menino não fugiu?   Vamos até o seu armário ver se levou as roupas.
Mas quando Seu Tonho abre o armário encontra seu filho escondido lá dentro.
O sangue subiu-lhe à cabeça, Seu Tonho fez menção de tirar a cinta, mas antes perguntou:
- Meu filho, porque você fez isso?
- Pai, eu saí para ir à padaria, e na volta eu encontrei um cãozinho muito magrinho na rua, ele estava com muita fome, e eu dei uma pedaço do pão para ele comer, mas ele pedia mais e mais, depois ele veio me seguindo até aqui daí fiquei com medo da surra e me escondi.
O pai então abraçou o filho e disse:
- De amanhã em diante vamos ter uma nova vida, nós três, eu você e o seu cãozinho.
E os dois abraçados foram a té lá fora buscar o cão que estava bem na porta esperando.
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados

A história de Bryan O Neil da Silva

Benedita adorava novelas e filmes da TV.
Ela assistia às novelas de todos os canais e, ria, chorava, se emocionava, ficava
com raiva dos personagens, mas, principalmente copiava todos os modelos de
roupas das atrizes na sua velha máquina de costurar.
Também fazia todas as receitas culinárias que ensinavam na TV, porque tinha
medo que seu filho nascesse aguado. Isso mesmo, Benedita estava grávida e sabia que era um menino. Ele se chamaria “Bryan O’ Neil da Silva”.
Lógico, ele teria nome de ator americano, e seria um famoso doutor, dizia ela.
Os dias foram se passando, Dita engordando e Bryan crescendo na sua barriga. Ela era uma mulher negra, viúva, muito alegre, de sorriso fácil e uma excelente costureira. Um filho doutor que iria ser o que ela não foi, ter o que ela não teve e fazer o que ela não fez.  Seus sonhos se realizariam naquele menino. Nasce então Bryan com quase 5 quilos, e todos no hospital vieram vê-lo.
- Puxa Bryan já nasceu famoso, pois  todos queriam conhece-lo já que passou até no Jornal Nacional. O noticiário dizia:
- “Bebê nasce com cinco quilos no estado de São Paulo”.
E como era lindo, e forte, e saudável. Benedita não se cabia de tão contente.
Logo que se recuperou foi para a máquina de costura fazer as roupas de Bryan, todas de tecido engomado. Bryan foi crescendo e seu cabelo sua mãe já alisando.
A costureira com o fruto do seu trabalho pagava sozinha a escola de seu filho e nada faltava para aquele menino, tudo o que ele queria ela comprava e cada vez ele pedia mais coisas.
Mas com o tempo Bryan não se contentava mais com nada, ele foi ficando insaciável, tudo o que era novo logo perdia a graça assim que adquiria Além disso, quando chegou à adolescência então ele passou a não gostar de si próprio, olhava no espelho e encontrava mil defeitos, vivia emburrado. Dita não sabia mais o que fazer para satisfazer seu filho.
Agora então, ele passou a ter vergonha de sua mãe que não podia mais nem
leva-lo até o portão da escola, tinha que deixa-lo na esquina, para que ninguém
a visse. A mãe tudo compreendia quieta. Beijinhos? Nem pensar, Bryan já se sentia muito adulto. Benedita chorava, mas sempre perdoava seu filho.
Ela não notava que Bryan estava mudando de comportamento, achava que era da idade, igual como dizia na televisão, fases da adolescência.                                                                                                          
Mas, não era só isso, o menino chegava em casa nervoso, se trancava no quarto, se alimentava mal e evitava conversar com sua mãe.
Ele vivia repetindo ao telefone uma frase, parecia um grito de guerra:
- “Conosco Ninguém Podosco!”
Benedita, então resolveu ir à escola conversar com a professora para saber o que estava acontecendo.Ficou então sabendo que havia na escola uma turma que se intitulava: “Conosco Ninguém Podosco”, uma turma fechada. Era muito difícil fazer parte desta turma. Os candidatos precisavam passar por uma espécie de rito de passagem com várias exigências. Bryan teve que cumprir as seguintes para começar:
1-      Beijar a menina mais bonita da classe;
2-      Ficar à disposição da turma durante um mês.
A cada prova os amigos se divertiam muito. Bryan fazia tudo para agradar a turma, mas seus amigos eram implacáveis e todo serviço "sujo" era ele quem fazia. Além disso, para entrar nesta turma não podia ser careta. Bryan então vivia estressado. Satisfazer os desejos da turma para ser aceito no grupo, isso dava muito trabalho, mas ele se esforçava. Entrar para aquela turma virou uma obsessão, mas ele finalmente conseguiu. Já dentro da turma ele não se sentia muito a vontade, fazia só o que os colegas queriam, suas idéias não eram aceitas, mas também Bryan não tinha convicção daquilo que dizia, sua personalidade não estava formada e ainda suas roupas feitas por sua mãe e sua timidez com as meninas eram sempre motivo de riso entre os colegas. Benedita quis tirar satisfação com os meninos, mais Bryan ameaçou fugir, caso a mãe se envolvesse no assunto.
-          É coisa de homem! Dizia ele.
Mas, nas aulas ele sempre levava quieto a culpa por todos. E Benedita além de não repreender o filho, ainda vivia encobrindo seus erros.  Afinal, Bryan tinha tudo o que queria, tinha um lar, estudava numa das melhores escolas da cidade.  Qual era o problema?
Mas o menino foi ficando cada vez mais revoltado, agora apresentava problemas de estômago e enurese. E assim, finalmente, se decepcionou com a turma.  O mundo acabou para ele. Um dia ao invés de ir a escola sentou-se em um banco da praça e vendo-se sozinho, chorou, chorou e chorou.
Ao seu lado sentou-se um homem desconhecido que logo puxou assunto. Bryan abriu-se. Disse de toda a sua insatisfação, revolta, frustrações, etc. Logo o homem ofereceu ajuda.
-          Sua vida vai mudar a partir de hoje!  Disse ao menino e continuou:
-          Sua mãe te dá de tudo, não é?  Mas o principal não te dá, é dinheiro para você se tornar independente, fazer o que quiser, se mostrar perante a turma!
-          E o eu preciso fazer? Perguntou o menino.
-          Olha, vamos fazer uma experiência para ver se você se sai bem, para começar entregue este pacote no endereço aqui indicado e quando você voltar eu te dou 10 pilas O.K.?
O menino aceitou de pronto, pensou tratar-se de uma boa oportunidade e sem os conselhos de ninguém começou a fazer tudo o que aquele homem pedia. Ele confiou naquele homem que lhe mostrou um caminho, e que aparentemente lhe daria segurança financeira. Então o menino começou a “trabalhar” para aquele desconhecido. Bryan, agora começou a chegar em casa com roupas de marca, sorriso de canto.
- Meu filho, você agora não pára mais em casa? Perguntou Dita.
- Mãe tô trabalhando!
A mãe então orgulhosa abraçou o filho e depois contou para todas as suas clientes que ele daquela idade já era responsável e o apoiou em tudo, e até permitiu posteriormente suas saídas à noite. Ela nada desconfiou, não procurou saber com quem seu filho estava andando, só pedia para ele abaixar um pouco o som do CD Player quando chegavam
clientes para experimentar roupas. Benedita foi perdendo o contato com seu filho. Até que aquele homem atentou contra o pudor de seu filho. Agora sim Bryan jamais se recuperou. Os comentários chegaram a ponto em que Bryan teve que abandonar a escola.  E, finalmente, saiu no Jornal como sonhava sua mãe, mas só que ele saiu foi na última página. Quando Benedita caiu em si já era tarde.
Afinal aonde foi que eu errei? Perguntava-se a toda hora.
- Eu o coloquei na melhor escola, dei a ele tudo o que pedia, o apoiei em tudo nada lhe faltava.
Mas, Bryan na verdade deveria ter se chamado João como seu pai, ter sido marceneiro como seu avô, honesto como sua mãe, e deveria ter tido a personalidade que nunca teve.
Benedita arrependida resolveu ajudar a outras mães para que não passassem pelo mesmo problema que enfrentou, então formou um grupo que saía pelas ruas alertando mães com os seguintes conselhos:
1-      Os filhos não devem ficar sozinhos em casa na companhia de pessoas estranhas, ou mesmo com conhecidos que insistam em ficar com a criança em casa enquanto os pais precisam sair;
2-      A  maior incidência de casos de abusos com crianças  ocorrem com pessoas das quais você jamais desconfiaria, ou seja  o pai, o tio, o velho amigo, o vizinho, etc.;
3-      Os suspeitos começam comprando presentes, inventam passeios  só para ficarem à sós com as crianças;
4-      Caso tenha certeza que seu filho tenha sofrido algum tipo de atentado não tenha medo de denunciar o acusado, mesmo e principalmente se for o seu marido;
5-      Se desconfiar de algo pergunte a criança se alguém a tocou de forma indevida em certas partes do corpo;
6-      É preciso dar certa liberdade aos filhos para que eles não tenham inibição de dizerem  certas coisas;
7-       É preciso manter o costume de sempre dialogar com seus filhos, observando sempre  suas reações, se  estiverem com algum comportamento estranho, desconfiem; o corpo dá sinais de problemas emocionais em crianças e adolescentes, exemplo: gastrite, obesidade mórbida e enorese;
8-      Se uma criança tem medo de contar algo, pode ter sido ameaçada;
9- É preciso acreditar na criança se ela relatar detalhes sobre o abuso normalmente as crianças não tem razão ou informação suficiente para inventar histórias de abuso;
10-    As filhas devem ser orientadas no sentido de que não fiquem muito vontade nos trajes e modos em casa na presença de pessoas estranhas, pois existem mentes deturpadas e doentes;  na rua também roupas de crianças e adolescentes  não devem ser escandalosas; 
11 - Os filhos devem ser esclarecidos sobre tudo, para que  não sejam informados fora de casa e de uma forma deturpada.
12 - A criança observa o comportamento do adulto, cuidado com o que se  faz   e com o que  se  fala na frente da criança, também evitem fumar, beber, deixar remédios e bebidas ao alcance delas;   atenção com a programação que estão vendo na TV.
13- É preciso conhecer todos os amigos de  filhos, saibam aonde estão,   se ele costumam ir a um lugar com freqüência procure saber onde é  e o que fazem lá;
14-   Pais que não podem ficar em casa com as crianças, é melhor que elas fiquem em uma creche ou escolinha confiável;
13-  Criança é agitada, alegre criativa, se ela não está assim está doente ou com algum problema; 
14-  Problemas não devem ser compartilhados com as crianças, elas  não tem estrutura para suportar problemas de adultos, nem gritarias, palavrões violência, brigas, surras  e assuntos impróprio para menores;
15-   Os filhos precisam de atenção e carinho, brinquedos e roupas não substituem seu amor aliás muitos presentes fora de hora formam futuros  adultos  insatisfeitos;
16-  Se os filhos não receberem amor dos pais e neles confiar,  irão  transferir  esse  amor e confiança a outra pessoa;
17-  As crianças devem ser respeitadas, elas não tem defesas e precisam manter sua integridade física e moral, e precisam de todos os cuidados tendo em vista sua fraqueza e ingenuidade;
18-  Crianças não devem ir sozinhas à escola, ou padaria, casa de amigos, etc, mesmo se for bem perto de casa, muitas dela desaparecem nesse trajeto;
19-   Casal na intimidade de seu quarto deve se certificar se a porta está trancada;
20-   É preciso dar principalmente uma religiosidade aos filhos.
21-   Criança muito tempo quietinha é sinal de alerta mas se ela  não estiver fazendo nada perigoso é preciso deixa-la brincar, mesmo se estiver se sujando ou bagunçando;
22-  As crianças precisam receber explicações claras dos motivos pelos quais estão sendo repreendidas;
23-   Dar tudo o que a criança quer é uma grande armadilha, assim ele não aprende que o mundo tem limites  e  que seus atos tem conseqüências. O adolescente que tem tudo o que quer torna-se insaciável e tudo o que é novo perde a graça assim que se adquire. Essa busca pelo prazer pode alterar o estado de consciência abrindo portas para o consumo de drogas que atraem justamente por prometer prazeres instantâneos. Diante do primeiro não ele pode ter reações destrutivas, querer fugir de casa, eliminar quem lhe impôs a negação e cometer até um assassinato.
Depois de alertar as mães Benedita encerrava dizendo assim:
- Meus amigos, prestaremos contas à Deus por todo ato ou omissão que façamos com relação a todas as crianças, e principalmente às que estão sob nossos cuidados;
Se Deus não confiasse em nos não teria nos dado a guarda um inocente.
Façamos jus a esta confiança!
Não se aprende na escola como os pais devem educar os filhos, por isso devemos nos reforçar nos cuidados.
(Alguns conselhos foram tirados da entrevista da psicóloga Esly carvalho, psicóloga e supervisora de psicodrama pela Febrap dos EUA, matéria de Virgínia Rodrigues no jornal palavra “8b especial de set/ 2000)
Iride Eid Rossini
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20 de mar. de 2011